Este blog tem como objetivo a análise de algumas liras do livro "Marília de Dirceu", escrito pelo poeta Tomás Antônio Gonzaga. Este trabalho será realizado por algumas alunas do 1° ano E do Centro de Ensino Médio Setor Leste- Brasília. Esperamos ajudar outras pessoas a compreenderem o que esse grande poeta viveu e retratou em seus poemas.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Soneto 2
Soneto 2
Num fértil campo de soberbo Douro,
Dormindo sobre a relva, descansava,
Quando vi que a Fortuna me mostrava,
Com alegre semblante, o seu tesouro.
De uma parte, um montão de prata e ouro
Com pedras de valor o chão curvava,
Aqui um cetro, ali um trono estava,
Pendiam coroas mil de grama e louro.
"Acabou" , diz-me então, "a desventura:
De quantos bens te exponho qual te agrada,
Pois benigna os concedo, vai, procura."
Escolhi, acordei, e não vi nada:
Comigo assentei logo que a ventura
Nunca chega a passar de ser sonhada.
Interpretação
Nessa última parte do livro Marília de Dirceu, Tomás Antônio Gonzaga retrata sua passagem na prisão expondo o que sonhava enquanto estava em um " Campo de soberbo Douro ", citando o que uma riqueza poderia lhes trazer. Porém lamenta para a infelicidade de não poder dar bens materiais, mas sim oferecer sua bondade. Tomás assim afirma que nunca é tarde sonhar com a felicidade.
Características do Arcadismo
Entre as principais características do Arcadismo, destacam-se as principais : O Racionalismo, que em virtude da arte de ser concebida como imitação do real, toda criação que é feita, é somente pela razão. A Exaltação da Natureza, a Imitação dos antigos e a preocupação como um homem natural.
Características do Arcadismo no Soneto
O soneto possui poucas características do arcadismo, porém a única presente é a oposição ao Barroco que propunha uma proposta de linguagem simples e de uma fácil compreensão, ao contrário das pregações do Seiscentismo.
Glossário
Douro: Disfarçar.
Semblante: Aparência, Fisionomia.
Relva: Grama.
Benigna: Bom, Bondade.
Cetro: Bastão curto encimado por um ornato que os soberanos traziam na mão direita em certas cerâmicas.
Situação Histórica
Nessa terceira parte do livro Marília de Dirceu, provavelmente poderia ter escrito depois de seu degredo,então seria um tipo de motivação para Tomás Antônio Gonzaga.
Laura Marques Garcia
N°: 23
Turma: 1°E
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Na minha opinião a análise da aluna foi de fácil compreensão , pois ela soube em todos os tópicos ser bem clara e direta .
ResponderExcluirSuelen Soares / 1º E / 36
Concordo com a aluna, em sua interpretação ela expõe sua ideias no sentido de que o eu lírico se refere à fortuna que não pode oferecer e desfrutar mais.
ResponderExcluirJéssica Paula de Lima Nolasco. / nº17 / 1ºE
Concordo com a análise da aluna.Na sua interpretação ela expõe sua ideia de forma bem clara ,no sentindo de que o eu lírico está se referindo a riqueza que não pode ofecer.Seus demais tópicos foram bem abordados.
ResponderExcluirAna Caroline L.Henrique /1ºE /nº04
A aluna Laura, analisou seu soneto muito bem e os tópicos foram todos bem abordados e de fácil compreensão.
ResponderExcluirDébora Facundes nº08 1ºE
Concordo com a analise da aluna Laura, pois ela foi simples e direta em suas explicações de cada tópico.
ResponderExcluirRebeca Scnheider Kunzendorff / n:33/ 1E
Em minha opinião, a aluna conseguiu analisar o soneto de forma bem clara e objetiva.
ResponderExcluirMarcella Dias/ nº27/ 1ºE